Por: Aline Suelen
O marco inicial do Trovadorismo em Portugal é de 1189/98, data da composição da “Cantiga de Guarvaia”, mais conhecida como “Cantiga da Ribeirinha”, escrita por Paio Soares de Taveirós. Essa cantiga foi dedicada a Maria Pais Ribeiro (a Ribeirinha), uma mulher muito cobiçada na corte portuguesa e que foi amante de D. Sancho I, o segundo rei de Portugal.
O marco inicial do Trovadorismo em Portugal é de 1189/98, data da composição da “Cantiga de Guarvaia”, mais conhecida como “Cantiga da Ribeirinha”, escrita por Paio Soares de Taveirós. Essa cantiga foi dedicada a Maria Pais Ribeiro (a Ribeirinha), uma mulher muito cobiçada na corte portuguesa e que foi amante de D. Sancho I, o segundo rei de Portugal.
Cantiga da Ribeirinha Tradução
Paio Soares de Taveirós
No mundo non me sei parelha No mundo ninguém se assemelha a mim
mentre me for como me vai, enquanto a vida continuar como vai,
ca ja moiro por vós e ai! porque morro por vós, e ai!
mia senhor branca e vermelha, minha senhora alva de pele rosadas,
queredes que vos retraia quereis que vos retrate
quando vos eu vi em saia. quando eu vos vi sem manto.
Mao dia me levantei Maldito dia que me levantei
que vos entom nom vi fea! E não vos vi feia
E, mia senhor, des aquelha E minha senhora, desde aquele dia, ai!
me foi a mi mui mal di’ai! tudo me foi muito mal
E vós, filha de Dom Paai e vós, filha de Don Paio
Moniz, e bem vos semelha Moniz, e bem vos parece
d’aver eu por vós guarvaia, de ter eu por vós guarvaia
pois eu, mia senhor, d’alfaia pois eu, minha senhora, como presente
nunca de vós ouve nem ei Nunca de vós recebera algo
valia d’ua correa. Mesmo que de ínfimo valor.
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