Enredo na narrativa

Toda narrativa envolve um conflito central. É a trama, o fato a ser contado pelo narrador e que envolve as personagens.
No texto narrativo deve haver um enovelamento de ações, com base nesse conflito central que compõe o enredo. Todos os elementos da narrativa devem contribuir no conflito, de modo que nada possa ser dispensado.
Para que o enredo tenha unidade, é preciso que os fatos estejam relacionados de tal modo que encaminhe para o conflito, chegando ao clímax, o ponto culminante do texto, o ponto de maior tensão. Para criar essa expectativa crescente do desenrolar da ação é preciso criar no texto o suspense. Desde o início deve ser apresentada ao leitor uma situação conflitava que posteriormente seja explicada pelo narrador. Esse recurso prende a atenção do leitor.
Veja como se dá a relação personagem/enredo:

“Geralmente, da leitura de um romance fica a impressão duma série de fatos, organizados em enredo, e de personagens que vivem esses fatos. É uma impressão praticamente indissolúvel: quando pensamos no enredo, pensamos simultaneamente nas personagens; quando pensamos nestas, pensamos simultaneamente na vida em que se enredam, na linha de seu destino – traçada conforme uma certa duração temporal, referida a determinadas condições de ambiente. O enredo existe através das personagens; as personagens vivem no enredo. Enredo e personagem exprimem, ligados, os intuitos do romance, a visão da vida que decorre dele, os significados e valores que o animam”. (Candido, Antonio. A personagem de ficção. São Paulo: Perspectiva, 1987).

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